Pelo título do post de hoje, deu para perceber que resolvi já começar polemizando... rs Bom, vamos lá!
Um belo dia, estava eu despretensiosamente a a navegar pelo canal do "O Lugar" no Youtube (por sinal, recomendo muito a inscrição) quando resolvi assistir ao vídeo "O que aprendi no coração da vida" da Jetsunma Tensim Palmo (que também recomendo assistir!) quando eis que, ao final do vídeo, fui surpreendida com a sugestão de assistir ao vídeo sobre o tema Desescolarização com a Ana Thomaz. Foi um dos vídeos mais fantásticos que já vi sobre essa angústia que a escola causa e como o aprendizado real e sustentável é somente aquele que acontece quando é de dentro para fora.
A Ana é incrível! Uma pessoa absurdamente corajosa e inteligente, com uma capacidade de raciocínio, aprendizado e um senso prático de mudança que são inexplicáveis. Desde então eu procuro sempre ler o blog dela, o Vida Ativa (anathomaz.blogspot.com.br) e fiquei ainda mais surpresa no dia em que descobri que uma prima querida a conhecia pessoalmente. Fiquei chocada em como gigantes agentes de mudanças às vezes estão tão próximos de nós e não nos damos conta.
Enfim, a essência do que a Ana prega (e pratica também - o que é fundamental salientar) é o que ela chama de desescolarização, que é basicamente a ideia de desconstruir paradigmas que nos são impostos e tentar promover o aprendizado de dentro para fora, e não de fora para dentro. Essa necessidade de desescolarizar aparece por alguns motivos: a escola no formato tradicional não nos prepara para as nossas motivações, para o sentido da nossa vida, e promove todo seu funcionamento com base na ameaça.
Pensando nisso, é fácil pensar o tanto que o ambiente escolar é ameaçador: a competição, as provas, a necessidade de estar presente na sala de aula para poder aprender, a necessidade de fazer silêncio e "engolir" tudo o que é passado e o medo da reprovação são alguns dos elementos que tornam a escola um ambiente assustador. Isso acontece pelo fato de a escola funcionar com base no poder. E isso transcende os muros da escola: se pensarmos bem, inclusive a relação adulto-criança é baseada no poder também, dentro ou fora da escola. E a Ana coloca que essa ameaça pode vir tanto de forma "negativa", do tipo "se você fizer isso, não vai ter aquilo", como "positiva" (e bota aspas aqui!!!), do tipo "se você fizer dessa maneira a mamãe vai ficar tão feliz". É ameaça do mesmo jeito.
E pegando o gancho na minha aula de Neuromarketing de ontem (veja as referências no link lá em cima), a ameaça é extremamente negativa porque paralisa. E quem me contou isso foi meu professor biomédico Dr. (de doutorado mesmo! rs) Billy Nascimento: ou seja, é fisiológico, minha gente!! O cérebro dá o comando para o seu corpo de paralisia mesmo, é nosso instinto de sobrevivência: a ameaça como exercício do poder te paralisa tanto quanto a ameaça que você sente ao ver na rua, próximo a você, um ladrão.
Ou seja, a gente não só causa dano às crianças quando agimos com base no poder, mas somos produtos de uma cultura que é baseada no poder. E o que acontece? Replicamos comportamentos sem muitas vezes sequer raciocinar, sem perceber e isso afeta nossa rotina, nossos planos e nosso modo de ser de uma forma que a gente nem imagina. Muitas vezes residem aí alguns dilemas desde o fato de não nos permitirmos algo ou na nossa necessidade constante em satisfazer uma necessidade externa para não se sentir ameaçado. Digo isso por causa de um assunto super importante que vamos ver em alguns posts próximos e que está relacionado a nossa saúde mental: a consciência ocupa somente cerca de 5% do nosso cérebro e o restante é todo inconsciente!!! (É... temos pano para manga aqui, viu...)
Enfim, voltando à Ana e ao processo de desescolarização, o que acho mais fantástico é como ela fez as suas escolhas e a coragem por bancar essas escolhas por ver que na vida não se tem garantia de nada e por simplesmente ver algo que é tão obvio: tudo é aprendizado! Uma frase que ela coloca que é interessantíssima é: "ENTRO EM RELAÇÃO PARA ME CONHECER" - tanto a relação com o outro, quando a relação com as situações que a vida nos presenteia.
É incrível quando conseguimos perceber que nós podemos (e devemos!) ser protagonistas da nossa própria formação! é por isso que deixo aqui para você o vídeo que eu assisti. Ela explica todo o seu processo de questionamento, os conhecimentos que foram se abrindo para ela e as ferramentas de que ela lançou mão para fazer seu próprio processo de desescolarização. Desde que vi esse vídeo, passei a tentar encarar as coisas com um olhar diferente e ver até naquela pior coisa que poderia te acontecer um aprendizado sem igual (o que, genuinamente, é muito difícil, já que nossa educação não nos permite errar).
O vídeo pouco mais de uma hora, mas se puder dedicar uma horinha do seu dia para ouvir uma ideia diferente, acho que pode t fazer bem ao criar uma abertura para o novo. E se uma hora for muita coisa e quiser ver isso em um intervalo do seu dia, coloquei um vídeozinho de 9 minutinhos no canal do projeto Famílias Educadores (vamos falar dele aqui também!) em que ela explica brevemente o que é a desescolarização!
Um beijo e bom proveito! :)
Juliana Navarro
Um belo dia, estava eu despretensiosamente a a navegar pelo canal do "O Lugar" no Youtube (por sinal, recomendo muito a inscrição) quando resolvi assistir ao vídeo "O que aprendi no coração da vida" da Jetsunma Tensim Palmo (que também recomendo assistir!) quando eis que, ao final do vídeo, fui surpreendida com a sugestão de assistir ao vídeo sobre o tema Desescolarização com a Ana Thomaz. Foi um dos vídeos mais fantásticos que já vi sobre essa angústia que a escola causa e como o aprendizado real e sustentável é somente aquele que acontece quando é de dentro para fora.
A Ana é incrível! Uma pessoa absurdamente corajosa e inteligente, com uma capacidade de raciocínio, aprendizado e um senso prático de mudança que são inexplicáveis. Desde então eu procuro sempre ler o blog dela, o Vida Ativa (anathomaz.blogspot.com.br) e fiquei ainda mais surpresa no dia em que descobri que uma prima querida a conhecia pessoalmente. Fiquei chocada em como gigantes agentes de mudanças às vezes estão tão próximos de nós e não nos damos conta.
Enfim, a essência do que a Ana prega (e pratica também - o que é fundamental salientar) é o que ela chama de desescolarização, que é basicamente a ideia de desconstruir paradigmas que nos são impostos e tentar promover o aprendizado de dentro para fora, e não de fora para dentro. Essa necessidade de desescolarizar aparece por alguns motivos: a escola no formato tradicional não nos prepara para as nossas motivações, para o sentido da nossa vida, e promove todo seu funcionamento com base na ameaça.
Pensando nisso, é fácil pensar o tanto que o ambiente escolar é ameaçador: a competição, as provas, a necessidade de estar presente na sala de aula para poder aprender, a necessidade de fazer silêncio e "engolir" tudo o que é passado e o medo da reprovação são alguns dos elementos que tornam a escola um ambiente assustador. Isso acontece pelo fato de a escola funcionar com base no poder. E isso transcende os muros da escola: se pensarmos bem, inclusive a relação adulto-criança é baseada no poder também, dentro ou fora da escola. E a Ana coloca que essa ameaça pode vir tanto de forma "negativa", do tipo "se você fizer isso, não vai ter aquilo", como "positiva" (e bota aspas aqui!!!), do tipo "se você fizer dessa maneira a mamãe vai ficar tão feliz". É ameaça do mesmo jeito.
E pegando o gancho na minha aula de Neuromarketing de ontem (veja as referências no link lá em cima), a ameaça é extremamente negativa porque paralisa. E quem me contou isso foi meu professor biomédico Dr. (de doutorado mesmo! rs) Billy Nascimento: ou seja, é fisiológico, minha gente!! O cérebro dá o comando para o seu corpo de paralisia mesmo, é nosso instinto de sobrevivência: a ameaça como exercício do poder te paralisa tanto quanto a ameaça que você sente ao ver na rua, próximo a você, um ladrão.
Ou seja, a gente não só causa dano às crianças quando agimos com base no poder, mas somos produtos de uma cultura que é baseada no poder. E o que acontece? Replicamos comportamentos sem muitas vezes sequer raciocinar, sem perceber e isso afeta nossa rotina, nossos planos e nosso modo de ser de uma forma que a gente nem imagina. Muitas vezes residem aí alguns dilemas desde o fato de não nos permitirmos algo ou na nossa necessidade constante em satisfazer uma necessidade externa para não se sentir ameaçado. Digo isso por causa de um assunto super importante que vamos ver em alguns posts próximos e que está relacionado a nossa saúde mental: a consciência ocupa somente cerca de 5% do nosso cérebro e o restante é todo inconsciente!!! (É... temos pano para manga aqui, viu...)
Enfim, voltando à Ana e ao processo de desescolarização, o que acho mais fantástico é como ela fez as suas escolhas e a coragem por bancar essas escolhas por ver que na vida não se tem garantia de nada e por simplesmente ver algo que é tão obvio: tudo é aprendizado! Uma frase que ela coloca que é interessantíssima é: "ENTRO EM RELAÇÃO PARA ME CONHECER" - tanto a relação com o outro, quando a relação com as situações que a vida nos presenteia.
É incrível quando conseguimos perceber que nós podemos (e devemos!) ser protagonistas da nossa própria formação! é por isso que deixo aqui para você o vídeo que eu assisti. Ela explica todo o seu processo de questionamento, os conhecimentos que foram se abrindo para ela e as ferramentas de que ela lançou mão para fazer seu próprio processo de desescolarização. Desde que vi esse vídeo, passei a tentar encarar as coisas com um olhar diferente e ver até naquela pior coisa que poderia te acontecer um aprendizado sem igual (o que, genuinamente, é muito difícil, já que nossa educação não nos permite errar).
O vídeo pouco mais de uma hora, mas se puder dedicar uma horinha do seu dia para ouvir uma ideia diferente, acho que pode t fazer bem ao criar uma abertura para o novo. E se uma hora for muita coisa e quiser ver isso em um intervalo do seu dia, coloquei um vídeozinho de 9 minutinhos no canal do projeto Famílias Educadores (vamos falar dele aqui também!) em que ela explica brevemente o que é a desescolarização!
Um beijo e bom proveito! :)
Juliana Navarro
Fonte: Canal O Lugar (Youtube)
Fonte: Canal do Programa famílias educadoras (Youtube)